Alquimia na escrita: um sobrevoo da bruxa

(IMAGEM: Jake Baddeley, “The ideal form”)

 

 

Resumo

Fugir das amarras acadêmicas num dentro institucional que modela as maneiras e nos formata a formatar escritas, textos, artigos, livros, dissertações e teses. Soltar e amolecer a mão e inventar um caldeirão de bruxa. Destravar e desmaranhar-se por uma escrita criativa e brincante. Se inscrevendo enquanto se cria os caracteres, num acontecendo no jogo alquímico de elementos ungidos na intensidade da intuição. O que se escreverá a seguir traça alguns relatos fictícios, ou não. Há uma feitiçaria acontecendo e alguma personagem perdida por entre as palavras. Entidade que enfrenta uma corrente cartesiana do saber e compõe linhas desviantes, flexíveis e divertidas, dando risada da própria criação de um texto que acontece dentro de um grande caldeirão da bruxa. Linhas que contagiam outras tantas feiticeiras a encontrarem maneiras de escrever suas próprias poções.

Palavras-chave: linhas de fuga; escrita; desterritorialização; voo da bruxa; alquimia; invenção.

 

Abstract

Escape from academic constraints in an institutional environment that models the ways and formats us to format writings, texts, articles, books, dissertations and theses. Loosen and soften your hand and invent a witch’s cauldron. Unlock and unravel through creative and playful writing. Inscribing itself while creating the characters, in a happening in the alchemical game of elements anointed in the intensity of intuition. What will be written below outlines some fictional stories, or not. There is sorcery going on and some character lost among the words. Entity that faces a cartesian current of knowledge and composes deviant, flexible and fun lines, laughing at the very creation of a text that takes place inside a large witch’s cauldron. Lines that inspire so many other sorceresses to find ways to write their own potions.

 

Keywords: lines of flight; writing; deterritorialization; witch’s flight; alchemy; invention.

 

Resumen

Escapar de las limitaciones académicas en un entorno institucional que modela las formas y formatos para moldear escritos, textos, artículos, libros, disertaciones y tesis. Aflojar y suavizar la mano e inventar un caldero de brujas. Desbloquear y desvelar a través de una escritura creativa y lúdica. Inscribiéndose en la creación de los personajes, en un acontecimiento del juego alquímico de elementos ungidos en la intensidad de la intuición. Lo que se escribirá a continuación describe algunos relatos ficticios, o no. Hay brujería y algún personaje se pierde entre las palabras. Entidad que se enfrenta a una corriente cartesiana de conocimiento y compone líneas desviadas, flexibles y divertidas, riéndose de la propia creación de un texto que se desarrolla dentro de un gran caldero de brujas. Líneas que inspiran a tantas otras hechiceras a encontrar formas de escribir sus propias pociones.

 

Palabras clave: líneas de fuga; escritura; desterritorialización; vuelo de bruja; alquimia; invención.

 

“Pensar é sempre seguir a linha de fuga do voo da bruxa¹”.

  1. Experimentações e explorações na escrita

Alquimia com intercessores pode ser pensada como um caldeirão de bruxas a espera de uma nova poção. É com esse emaranhado de atravessamentos que se cria uma escrita. Um punhado ou uma tempestade de ideias temperadas que chegam, sem avisar e sem, em um primeiro momento, importar. Ervas, olhares, fluídos, sons e cheiros, todos podem ser elementos que nos servirão para composição da nova poção porvir. Abracemos aquilo que afeta, aqueles intercessores que passam e que fazem uma alquimia em escri-poção.

Essa escri-poção entendida como a figura de um portal mágico que nos transporta de um lugar ao outro, numa travessia entre mundos e distintas dimensões possíveis e impossíveis de se vivenciar. Escrever se transforma neste processo de passagem de um lugar ao outro, sempre passagens pedindo um outro modo de se emaranhar entre as letras que aparecem nos entre dedos, entre intensidades que cruzam as nossas intuições e sentimentos menos visíveis.

Um, dois, três, usem quantos intercessores forem necessários. Deixe o tempo escorrer pelo acaso, sem pressa, sem pressão institucional, os intercessores sempre chegam, mas nem sempre são tão logo reconhecidos como aliados, precisamos de um refinamento para entendê-los, e com o tempo criamos uma certa sagacidade àquilo que nos chega, desenvolve-se um certo maneirismo para acolher aquilo que nos toca, e com o tempo, sempre aliado a nós, a sabedoria de incorporar aquilo que afeta, proliferar-se-á em uma escri-poção povoada de aliados e bons encontros. São essas ferramentas que nos darão a força alegre e dançante para uma escrita livre.

O exemplo que pode ser fornecido é o da nossa personagem que aqui se apresenta. Eli usou apenas quatro bons aliados para o seu caldeirão e experimentou uma escrita dissidente, completamente experimental para o processo singular dela com a folha em branco. Sutilezas no percurso de seu caminho, ela ia intuindo sobre aqueles elementos que aos poucos, e muitas vezes sem pretensão, iam chegando, como se fosse um convite a caminhar por percursos ainda não deambulados. Seguir alguns, abandonar outros. Abandonar tornou-se um dos movimentos mais éticos que se poderia ter durante o percurso acadêmico. As encruzilhadas com bons encontros e com percursos obscuros lhe deram asas para seguir seus voos mais aberrantes.

Fracassar também é outro movimento libertador. Anos de pesquisa para compor os melhores elementos para a poção necessária, anos de trabalho de campo e, ainda assim, fracassar. Desistir de mais da metade dos seus dados de pesquisa, esquecer, martelar, esquecer, driblar, distrair, abstrair, queimar. Seguir é inevitável. A academia cumpre prazos, uma bruxa segue sua intuição. Uma escrita acadêmica está atrelada ao tempo da burocracia, e seguimos com esse tempo nos impondo uma escrita regida por ele.

A entrega da escri-poção precisa ser feita. É possível! É possível desde que se aceite o fracasso, o erro, a derrota e acolha esses sentimentos, como se fossem parte do processo. Dê tempo, largue de mão, desista e depois retorne. Não julgue e não se julgue jamais. Sem julgamentos escrivinheiros, nem de nada. A invocação para a composição do nosso caldeirão é sempre ajustada pelo refinamento dos elementos que irão compor. São sutilezas no meio de tantos atravessamentos que tornarão a nossa escri-poção prazerosa e alegre de ser sentida.

Variar. Pensar na sensação de uma febre beirando 42 graus. Aquela sensação da vibração de camadas de pensamentos, um sobre o outro, um com o outro, todos juntos reverberando imagens aberrantes, disformes. Pouco a pouco é possível encontrar um fluxo a seguir em meio ao caos do pensamento turbilhonante e febril. Pouco a pouco é possível inserir marcas de pensamentos a serem compostos e expostos nas folhas em branco e também no nosso caldeirão que espera pela sua mais nova poção. Aproveitar a mão molenga e sem juízo, e escrever e misturar e variar e inventar e gargalhar.

Experimentar e variar com a chegada dos intercessores. Acolher aquilo que nos toca nos momentos menos previsíveis das nossas vidas. Pensar num movimento de compor um pensamento monstruoso, deformado e sem sentido em primeiro momento, e depois, ir juntando as peças, como uma colheita numa plantação de policultivo. Turbilhão e invasão de ideias a serem germinadas e adubadas com o cuidado precioso de uma das flores mais delicadas. Cuidar, acolher, regar, amar aquilo que chega, mesmo que ainda não se saiba o que fazer com isso e nem onde vai dar.

2. Deseducar os trejeitos

Com toda essa enxurrada de novos aliados e com prazos corroendo a potência inventiva, é necessário criar um movimento de desalinhamento e de deseducação dos nossos antigos modos de pensamento, que muitas vezes são condicionados a executar ações que tentam nos padronizar e diminuir nossas vitalidades. Usar as forças ativas contra as reativas que tentam depreciar as nossas vidas e acabam por nos modular em reprodutores do mesmo. Contra-educar² os processos enrijecidos. Resistir aos padrões. Entender o perder, desistir e fracassar como forças que insistem em existir nos jogos de relações tomadas por micro podre poderes.

Deseducar os trejeitos que fizeram enrijecer o gestual das mãos. Mãos já apegadas ao mesmo fluxo. Compor um gestual ainda não existente. Manipular a pegada da folha em branco e do nosso caldeirão com uma outra tentativa de composição. Dizer com as mãos desapegadas e soltas. Desse modo, é possível pensar numa escrita ensaísta, explorada como pulsão ao desejo daquilo que se encontra, como grito, como desespero de dizer aquilo que se acredita de uma maneira não formatada, como excesso e exagero, como poesia experimental, como provocação, como problematização.

Mãos soltas e destrejeitadas rumam a se desvencilharem das belas citações e da lógica de produção de conhecimento como máquina engessadora. Desviam da sucessão lógica e racional para zarpar voos rumo a uma polifonia desarmônica, uivam com a escri-poção, criam ecos, camadas inteligíveis, produzem pausas e reticências, demoram-se. Inventam um novo tempo para a demora em relação às coisas, em relação a nossa experiência, ao nosso corpo no mundo, ao nosso humor, a nossa saúde, ao nosso manejo.

Na escrita ensaística e bruxesca, reticente e deseducada, só referências mínimas, nunca pontuais, sempre oblíquas e fugidias, como um corpo poético, que se abre a contra-educar-se. Afasta-se dos saberes incorporados, enrijecidos e cristalizados. Alquimia de sensações, de abertura para o mínimo, para o silêncio, para vidas invisíveis, para o perdido e desinteressado. Uma escrita que só pode acontecer num manejar sensível e singular aos signos, sensível e singular aquilo que nos toca, que nos penetra, que nos atravessa.

Desse modo, um maneirismo, uma sagacidade para aquilo que nos atravessa, faz-se necessário. Deixar que se transverse um gosto sensível que nos remete a uma memória, seja ela qual for. Não julgar os arrastões em que somos infestados por essas memórias. Abrir-se para um cheiro diferente que nos carrega para outros tempos, mesmo que seja um cheiro estranho, até este pode vir a compor como uma boa aliança.  Um tropeço na rua que aflora o calor que por vezes nos falta. Explorar essas intensidades, os imprevistos, os encontros menos improváveis, abrir-se como um convite a uma exploração de explosão de sensações, um convite a uma escrita criativa e brincante.

Um dia Eli entrou na biblioteca. Estava entediada da sua vida rotineira. Não conseguia escrever o seu artigo científico para revistas renomadas em sua área de atuação (e nem criar a sua poção mágica). Parou aquilo que tinha previsto, e se permitiu vagar pelas prateleiras de literatura estrangeira. Abriu um livro qualquer que não julgou ser bonito pela capa, e lá dentro, logo nas primeiras páginas, encontrou uma história que lhe rendeu voltar, sentar e retornar para o seu propósito inicial de escrita e isso lhe trouxe boas páginas do seu necessário escrito (novas ideias de outros elementos para o seu caldeirão).

Nada consistente, apenas escorreu por aquele pensamento que o livro lhe expandiu, feito como as camadas febris, e lá deixou a ideia germinar. Com o tempo em outro momento, isolada na biblioteca, escreveu um pouco mais e em um tempo necessário se fez um escrito, fez-se uma poção, criou-se a sua escri-poção. Com a problemática inicial transversada, um trecho de um livro de literatura acolhido com amor e não previsto inicialmente, deseducado dos trejeitos enrijecidos, compôs-se uma escrita experimental, uma potente poção de amor.

3. Colheita de novos potenciais

Mais brincante e menos produtiva, mais hospitaleira e menos eficiente, mais convidativa e menos rígida, mais sensível e menos triste. A escri-poção, seja ela onde deva escorrer, deveria seguir por essas linhas flexíveis e alegres, num cultuar uma leveza e paz de espírito ao se encontrar diante de uma folha em branco. Não julgar. Não pensar naquela que lerá o escrito, ou naquela que seguirá as instruções da poção ipsis litteris, mas sim pensar numa intensidade da vontade, uma vez que a cultura dominante é radicalmente contrária ao exercício da força como potência alegre.

Aos poucos é necessário um exercício de uma contraeducação dos nossos modos de ver tudo aquilo que já se havia visto. Pensar num exercício de nos deseducar de tudo aquilo que fizeram de nós e pensar: quem em mim está agindo neste momento? Quais forças estão atuantes em mim em tal situação? É preciso saber que forças nos movem no determinado momento em que escrevemos ou que realizamos alguma outra poção (ação). Problematizar e não julgar. Amolecer a escrita, transversar, destrejeitar, compor outros gestuais e abrir-se aos maneirismos inventivos.

A alternativa de uma vida na via de contra-educar-se nos guia a viver de modo mais plural e múltiplo, de expansão dos nossos campos de visão, de abertura ao que difere, expansão do nosso campo de acolhimento e hospitalidade, da nossa sensibilidade que nos atravessa, do que é marginalizado e menor. Forças que nos guiam numa linha alegre de produção de outras possíveis escri-poções-tagens, sejam elas quais forem, e que também sejam capazes de reequilibrar nossa potência em reativar nossos instintos e intuições adormecidas por anos à base de uma educação servil aos ditames de uma conservadora academia modeladora de outros modos de escrita. “Pensar de outra voa.” (Renata “Bruxa” Aspis, 2021, p.25).

Eli teve uma educação sempre muito rígida, formatada e dentro de padrões a serem seguidos rigorosamente. Cresceu diante dessa formação, mas não acatou seguir esta estrutura de possibilidade de vida. Ao passar dos anos conheceu muita gente/bruxos e bruxas interessantes, e foi a partir desses encontros que começou a amolecer esta estrutura rígida que tentaram compor para a sua vida. Essas pessoas/bruxos e bruxas foram muito importantes para a mudança de chave da estrutura do seu modo de pensar, e por isso mesmo, com muito esforço, pensou de outros modos e zarpou seus mais incríveis voos.

Encontrou saída numa escri-poção jovem e extraiu dela o vigor de seus saltos desmoralizados, praticando com ela seus voos experimentais. Eis então uma tarefa possível: pensar numa perspectiva de deseducar-se e repensar os nossos modos de vida. Aproveitar o frescor que impulsiona e explora novas experimentações: abrir pistas, clareiras, labirintos e esconderijos, percursos de liberação e intimidade, portais mágicos e dimensões desconhecidas, e entender que o corpo pode ser visto como fluxo de uma subversão do processo de educação.

Onde catar trecos e intercessores e abertura de intensidades e invasões potentes e arrastões na imanência e…? Na espera, na paciência, na leveza, no trovão, no mar, no hipopótamo, no prato de comida, na cadeira, no gestual… Mas, também em imagens fílmicas, pictóricas, plásticas, corpóreas, na literatura, na ciência, na história e estória, na geografia, na biologia, na música, no uivo, nas pessoas, na tecnologia, nas luzes das estrelas, nas conversações, nas prosas de portão e etc. Essa enxurrada de atravessamentos seguem linhas flexíveis que reabrem provocações em nós mesmos, para tocar no íntimo, inquietar e por fim, inventar uma escri-poção.

Pensamos e imaginamos uma escri-poção na qual existisse o primado da liberdade de deixar essa escrita/composição fluir, da adesão não prescrita e do saber desejável, que fosse aliada da não competitividade, do não mérito, do não à adequação, e quem sabe assim, seria possível modificar os estratos amalgamados por uma escri-poção gelatinosa, colorida, flácida, molenga, onde divertidamente poderíamos escorregar. Uma escri-poção que não chegue ao ponto de cristalizar, uma escri-poção que penda para um indo e vindo prudencial e não julgadora. Uma escri-poção desterritorializante, cigana, migratória, feiticeira, fluída, hospitaleira, aberta aos fluxos vindouros, aos fluxos estranhos e estrangeiros.

Afastar-se da subalternidade e da subserviência que obrigatoriamente vende a sua força criativa em prol de pontos que dizem que alguém é melhor ou não em certas áreas do conhecimento, e pensar a favor de uma escri-poção acolhedora das nossas sensações e sentimentos, uma escri-poção experimental, jovem, aberta a exploração de novos sabores e gostos, sentidos e fluidez dos corpos, que consentissem à experimentação do aberto, em uma transação contínua com os signos, e assim, não se poderá mais tolerar de ser aprisionada em um ofício, em uma fábrica, em um espaço destrutivo e não acolhedor, não se poderá mais tolerar a escravi/burrocratização da escri-poção.

A travessia requer novos cenários alquímicos e ao mesmo tempo requer novos encorajamentos, novas aprendizagens e novos arranjos de gestos, segundo um movimento expansivo incontrolável em abertura para o acolhimento dos intercessores que se atravessam. Requer uma sagacidade do manejo em escrever/compor, requerem novos escritores, poetas, bruxas, professores, acadêmicos, assim como requer novas linguagens. Linguagens que subtraia o abuso aristocrático ou manipulador das linguagens especialistas, das linguagens cifradas, das linguagens manipuladoras e hipnóticas da indústria do assujeitamento e da aniquilação de um porvir improvável e estranho ao ninho.

Cada um de nós pode liberar-se da terrível prisão dos mesmos ídolos, das enfadonhas disciplinas cristalizadas, e de tanto ódio, de tanta guerra, disputa, inveja e egoísmo, e compor uma ética, estética e política da travessia alquímica da escri-poção. Uma escri-poção que em primeiro lugar faça você rir de você mesmo, numa composição que seja leve, amada e querida, numa composição que uive para lua e que chore de saudades das boas lembranças, numa escri-poção que nos embebede, que flua enquanto se experimenta, para em seguida, traçar uma escri-poção deseducada, deselegante, destrejeitadas, desconfigurada, povoada de vozes e que, naturalmente faça do ato de escrever/compor um ato brincante, prudencial e sem julgamento.

4. Deambulantes infindáveis…

 (IMAGEM: Velara Lutfulling, “Witch”)

Eli finalmente conseguiu criar a sua escri-poção. Desapegada de tantas velhas camadas, aprendeu a olhar para frente e enfrentar novos desafios. Dançou junto à lua, correu com os cervos, banhou-se nua nos riachos. Compôs entre tantos elementos os mais necessários. Soube esperar justamente o tempo da sua intuição. Aprendeu a alquimia da beleza da leveza, do cruzamento entre dimensões irreais, a esperar e sacar suas armas quando fosse preciso. Aprendeu que sua escri-poção mágica não pode mudar o mundo, mas mudou ela mesma.

 

 

Bibliografia

  1. ASPIS, Renata. Fazer filosofia com o corpo na rua: experimentações em pesquisa. Belo Horizonte: Mazza Eduções, 2021.
  2. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol 2. 2ª ed. Trad. Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo: Editora 34, 2011.
  3. MOTTANA, Paolo. La Gaia Educazione. Milano: Mimesis, 2015.
  4. MOTTANA, Paolo. L’Ipergesto: disseminare utopia. Milano: Asterios, 2017.

Notas

[1] Gilles Deleuze e Felix Guattari, 2011, p.58.
[2] Este termo é apresentado pelo filósofo, bruxo e professor da Universittà degli Studi di Milano-Bicocca, Paolo Mottana, e é embasado na filosofia de Fourier, onde o termo contraeducação se coloca num pensamento contrário ao do pensamento educacional predominante.